Inscrição no mausoléu onde fica o monumento em homenagem os mortos na Revolução de 1932, na cidade de São Paulo
O dia 9 de julho é feriado apenas no Estado de São Paulo desde 1997. A Revolução Constitucionalista de 1932, foi um movimento armado, que resultou da revolta generalizada no Estado de São Paulo contra o governo de Getúlio Vargas, que assumira o poder em 1930 com um golpe de Estado, derrubando o então presidente Washington Luís e impedindo a posse de seu sucessor.
Quando São Paulo começa o levante, imagina que vai ter a adesão de outros estados, como Mato Grosso, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Mas, com o passar o tempo, isso não acontece. A revolução começou em julho, durou quase três meses e mobilizou, segundo historiadores, entre 100 e 150 mil pessoas em São Paulo, no fim, São Paulo perdeu o embate, e calcula-se que tenham morrido entre 600 e 900 pessoas.
Se os paulistas acabaram derrotados, onde está a revolução que acabou incorporada no nome? O historiador da Mackenzie explica que o termo "revolução", com o tempo, ganhou um caráter semântico muito amplo. "Os militares de 1964 diziam que estavam fazendo uma revolução, assim como Vargas em 1930", destaca. A ideia de que a história muda, e reflete sempre os interesses e crenças de seus atores e intérpretes.
A revolta foi constitucionalista pela visão dos paulistas, revanchista a partir da visão dos varguistas. Mas foi, em última instância, uma guerra civil.
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